Contribuição|Pense Bem|Apenas mais uma Reflexão|Eric Pereira|
Cresci ouvindo que jamais devemos discutir sobre futebol e religião, mas não quero levantar aqui uma polémica. Como diariamente faço, quero trazer uma contribuição e falar deste assunto pois um dia um cliente evangélico, me falava em consultório, sobre a discriminação que sofria por andar com a bíblia em baixo do braço e me perguntou qual era a melhor religião do mundo?
Antes de dizer a resposta que dei a ele, quero dizer que cresci em berço católico e mesmo não me lembrando de ir com a minha família às missas de domingo. Eu ia na igreja em um batizado ou em alguns casamentos e até puxando lá do fundo da memória me recordo de uma ou outra missa.
Curiosamente também (depois de adulto) gosto de visitar igrejas antigas, principalmente na frança ou outros países, mas gosto mesmo de estar lá dentro por alguns minutos sentado, normalmente em silêncio absoluto, apenas refletindo, apenas comigo mesmo.
Mas já tive um período na minha vida que frequentei algumas igrejas evangélicas. Algumas onde o pastor gritava tanto e falava mais em demónio do que de Deus e aquilo me trazia uma sensação mesmo estranha, às vezes ruim, mas na maioria das vezes curiosa.
Estive um tempo em centros espíritas e foi um momento importante em minha vida, pois tinha acabado de me formar em parapsicologia e tudo que desejava era estudar fenómenos paranormais. Mas como devem perceber em meu currículo nem digo que fiz parapsicologia, principalmente depois que muitos começaram a se intitular parapsicólogos, fazer adivinhações e usar o “termo” para tudo mesmo para estudar fenómenos, mas isso é outra história para outros dia ou não…
Fenomenal são as lembranças que tenho de aos 10 anos de idade ter me convertido ao Budismo. Lembro que meus avós por parte de mãe eram budistas e adorava aquelas reuniões. Cheguei a ser um membro ativo e a receber em minha casa a consagração de um monge japonês que se admirou por eu ter apenas 10 anos e estar tão engajado no processo de aprendizado.
Era o Budismo de Nitiren Daishonin que praticava o Daimoku que consistia na recitação do mantra “Nam-Myoho-Rengue-Kyo” e nem vou traduzir aqui o significado deste mantra, pois é mesmo complexo, apesar de ser completo, mas a essência vem dos ensinamentos do Sutra de Lótus. Mas posso afirmar que vivi ali momentos mesmo importantes, dos 10 aos 14 anos…
Estou compartilhando um pouco da minha história com as religiões apenas para dizer que a minha resposta foi: “AQUELA QUE FAZ DE VOCÊ UMA PESSOA MELHOR”.
Nestes anos estudando acredito mesmo que a “Religião” teve um papel importante na história da humanidade, apesar de nem sempre este papel ter sido positivo, mas minha contribuição não tem nada haver com defender uma placa, levantar uma bandeira ou iniciar aqui uma causa! Muito longe disso…
Minha contribuição está mais ligada à palavra “SEJA FELIZ!” seja lá qual for a sua religião, seu Deus, sua maneira de pensar, suas crenças ou a ausência delas.
Hoje não sigo nenhuma religião, mas gosto de acreditar que existe algo MAIOR e gosto de acreditar que sigo pessoas que possuem ideias espirituais lindas e que elas ajudam mesmo a humanidade, mas acima de tudo me ajudam. Pode parecer estranho eu dizer “acima de tudo me ajudam”, mas estou aqui para evoluir e muitas vezes acredito mesmo que o meu papel também é ajudar outras pessoas, por isso preciso alimentar minha mente, mas também a minha alma.
Então vamos estar onde a nossa alma possa mesmo pulsar.
Seja em uma bela igreja, seja em um centro de meditação ou fazendo nossa conexão todos os dias com nosso Deus interior ou Superior.
Se está sendo feliz – Se está te transformando em uma pessoa melhor, esta valendo!