Uma das maneiras de definirmos a manipulação é dizermos que é um tipo de influência social que visa alterar a percepção ou o comportamento de outras pessoas através de táticas desleais, poderíamos dizer que até “enganosas e abusivas para alcançar interesses pessoais”. Mas nesta dica terapêutica não vou entrar na questão psicológica ou construir uma estrutura científica. Quero é apenas levá-lo a pensar no jogo de palavras e nos meios que um manipulador usa para atingir os “fins”.
Já em sala de aula algumas vezes afirmei que nós “Hipnoterapeutas” de alguma maneira brincamos com as palavras e (manipulamos) situações para orientar os clientes e quando uso a palavra (manipular), digo mesmo no sentido de ajudá-lo, de guiá-lo, conduzi-lo para enxergar as suas dores emocionais e jamais (NUNCA), com a intenção de que ele se torne “refém” de algum jogo emocional ou de poder.
Porém, fico mesmo curioso quando eu observo pessoas utilizando “palavras”, “gestos” e até o “tom” de voz para confundir a outra pessoa, construindo nela dúvidas ou alimentando a culpa para fazê-la se tornar frágil e poder inserir posteriormente as suas sementes…
Pode achar que estou sendo maldoso com tais palavras, mas peço que preste atenção e muita atenção ao mundo à sua volta e tire as suas próprias conclusões se não vivemos em um ambiente de grande manipulação?! Uns mergulhados no automático da vida, outros puxando as cordinhas e assim vamos vivendo… Acreditando naquela notícia exibida 200 x pela midia ou hipnotizados pela publicidade que “quase” nos obriga a comprar, agora a minha maior (pre)ocupação normalmente está naquelas pessoas próximas, muito próximas que de alguma maneira nos conhecem e utilizam momentos de fragilidade para agir. Pode até ser que seja “in”consciente, mas agem na mesma utilizando a culpa, alterando pequenos detalhes da história, virando a mesa e despertando sensações que nos aprisionam a elas.
Outro dia eu ouvia um cliente contar sobre como a “esposa” o tratava e depois de ler um dos meus artigos sobre “relações Tóxicas” decidiu me procurar e à medida que ele descrevia a sua relação, ficava claro (pra mim) que ela tinha um certo (poder) sobre ele capaz de fazê-lo se sentir culpado, com medo e na dúvida e esta sensação que ela dominava muito bem contribuía para que ele fosse cada vez menos enxergando quem ele era e se tornando naquilo que ela queria, pois apenas assim ela “o teria” e poderia exercer o seu “poder”.
E ela fazia isso de caso pensado? Acordava de manhã com a missão “destruirx2”? Não creioooo…. Mas acredito muito que as suas ações também automáticas são apenas um reflexo do seu passado, de sua vida, de suas frustrações. Penso que todas as pessoas que manipulam ao ponto de destruir uma vida, são pessoas “doentes” que até acreditam que seus discursos são REAIS enquanto não passam mesmo de um jogo confuso e bem desenhado para desestabilizar o outro.
Enfim, cada um sabe o que faz com as suas habilidades! Mas é mesmo triste saber que alguém poderia usar as suas habilidades para provocar o bem e escolhe não o fazer talvez “e só” talvez pelo simples facto de exercer o poder!
A minha dica é que fique atento, consciente e olhe para o mundo ao seu redor e perceba se está mesmo confortável, pois um dos sinais de que está sendo manipulado é não se sentir confortável com aquela amizade ou relação tanto pessoal, como profissional e vale lembrar que você pode contar a historinha que quiser para proteger a pessoa que está “abusando” psicologicamente de você, mas chegará a um momento que perceberá que perdeu tempo, talvez dinheiro ou saúde…já vi casos da pessoa perder os 3, então SE LIGA!
Espero ter contribuído de alguma forma e desejo que seja o Líder da sua vida e todos os dias escreva conscientemente a sua história.
Eu Sou Eric Pereira, Coach, Hipnoterapeuta, Escritor do livro “100 Dicas Terapêuticas para Transformar” e Fundador do IPE – Instituto Ponto de Equilíbrio (Funchal e Lisboa)