Alguns já sabiam disso. Outros podem até ficarem surpresos, mas eu não sei todas as respostas e apesar de um dia eu ter tido a vontade de ter todas, hoje me sinto confortável por não saber “ou” por acreditar que não existem (todas as respostas).
Outro dia uma pessoa que segue o meu trabalho me fez algumas perguntas e uma delas me deixou pensativo, justamente por acreditar que a minha resposta serve apenas para mim, que se encaixa exclusivamente na minha vida e na de mais ninguém, pois trata-se dos meus filtros, da minha experiência de vida e se eu respondesse aquela pergunta, não estaria respondendo à pergunta daquela pessoa, mas à minha.
Algumas pessoas entram em pânico por não saber o que fazer quando um facto acontece! E eu deste lado fico curioso, me perguntando se esta pessoa acha que ela é a única que se sente perdida neste imenso universo de perguntas, respostas e desencontros. Quando fui pai pela primeira vez nem sabia o que fazer com algumas das atitudes da minha filha e hoje 25 anos depois, continuo a não saber como agir.
Não tenho MESMO respostas para tudo e também nem sei se quero ter! Às vezes acho que me acostumei com a ideia de ver o facto acontecendo e mergulhar dentro dele para compreender melhor e ir resolvendo, ganhando experiência, ganhando sensações…. Obtendo a resposta. Outras vezes acho que não saber a resposta me dá a oportunidade de construí-la.
E claro que existe muitas situações que sei como responder e o melhor é que além de saber o que responder sei porquê e isso mostra que não estou no automático da vida!
Se neste momento ou em algum momento da sua vida, você sentir que não possui todas as respostas, se em algum momento sentir que o chão desapareceu, ok! Não se preocupe. Isso se chama vida e nem todas as pessoas sabem todas as respostas. A diferença é que algumas pessoas vão se desesperar, vão chorar, vão cair, vão se sentir “excluídas” e outras, ahhh outras vão respirar fundo, vão olhar melhor, vão perceber, vão buscar compreender o que fazer e mesmo quando não conseguirem vão buscar ajuda até terem a resposta.
A questão nunca é o que acontece contigo! É sempre o que você faz com o que acontece contigo! Isso é tão diferente, na realidade faz “a” GRANDE diferença e sem nenhuma dúvida percebemos isso, pois aqueles que buscam a resposta, que aprendem com a resposta, que mergulham “no” processo conseguem resultados que aqueles que paralisam jamais conseguirão.
É simples e mesmo não sabendo todas as respostas, não significa que estamos perdidos e pode se perguntar: “Qual o melhor caminho? Qual a direção certa?” E neste segundo pode sair de cena, se afastar um pouquinho e perceber quem sabe que a questão não é a resposta, mas a pergunta? Rssss!
Pode ser que ao invés de se perguntar qual a direção certa, você se pergunte: “O que tem no final de cada um destes caminhos? O que tem no início destes caminhos? Qual o preço de avançar pelo caminho a e o preço pelo caminho b? e a recompensa? E vale a pena? É mais complexo ou simples? Como EU me sentirei em cada caminho?” E por aí vamos seguindo…. Aprendendo, mudando as perguntas, ajustando as respostas, vamos descobrindo que a vida é melhor do que imaginamos.
Olha que legal…. Não precisamos saber todas as respostas! Isso não tira das suas costas uma brutal responsabilidade em relação ao (saber todas as respostas?) parece que quem sabe todas é melhor ou está melhor posicionado ou pior ainda, que estas pessoas merecem mais que as outras…
Eu, Eric Pereira não sei todas as respostas e quero que você saiba que me sinto bem assim!