É muito interessante quando analisamos as situações por perspectivas diferentes, né? Elas deixam de ser assustadoras, se tornam um pouco mais comuns e uma vez diante de uma situação comum a solução também é comum, a sensação é comum e percebemos que não precisamos “dramatizar” ou colocá-la na lista de situações que não vamos conseguir resolver.
No Seminário MAI – Mudanças de Alto Impacto, trabalho muito a questão do poder que damos às situações e ensino os participantes a compreenderem que o gigante nem é tão grande assim, pois muitos dos sofrimentos das pessoas estão no tamanho do gigante que elas constroiram. Quando acreditamos que aquela situação, aquele “problema” é tão grande, logo construímos uma limitação GIGANTE também e muitas vezes não vamos enxergar solução para algo desta dimensão, compreende?
Num passado distante, meus gigantes eram tão grandes que eu me sentia um anão e diariamente viva esta tensão toda, roía unhas, fumava demais, bebia aos finais de semana para aliviar a “tensão” (e) fugia dos gigantes problemas. Vale aqui lembrar que naquela época eu era uma pessoa comum, sem informação, sem visão e acreditava que o mundo era culpado por tudo o que me acontecia, ou seja eu não estava desperto, não tinha consciência e isso me levava cada vez mais a acreditar que não conseguiria sair daquela corrida dos ratos.
A ideia hoje aqui trazendo esta dica terapêutica “O Copo de Veneno” é para ilustrar que um copo cheio de veneno não pode lhe fazer mal. Talvez neste momento você arregalou os olhos ou franziu a testa e é normal a sua reação, pois como assim, um copo de veneno não faz mal, né? Ele cheio de veneno ao seu lado é inofensivo! Ele só se torna algo perigoso ao ser ingerido!
Pensa comigo!
Muitas vezes reclamamos de situações e (nos) sentimos atingidos. Isso nos deixa fracos e muitas vezes ficamos mal. Mas quando alguém fala de mim, aquilo tem mais a ver com a perspectiva daquela pessoa do que propriamente comigo. Se eu aceitar aquela ofensa ou comentário, naquele segundo que eu me importar ou que acreditar, naquele instante eu estarei tomando o copo de veneno! Porém, se eu olhar para aquele comentário (Copo) e decidir que não vou aceitá-lo, mal nenhum ele pode me fazer, compreende onde esta dica quer chegar?
Minha intenção aqui hoje é ir fundo em como nós vemos a vida, pois pode acreditar que muito do que nos acontece é porque damos ouvido a situações que não deveríamos dar ou não deveríamos sentir o que sentimos.
Outro dia estava eu no avião, rumo a Paris e a mulher ao meu lado estava sentindo-se mal e comecei a falar com ela, tentei acalmá-la, ensinei-lhe uma maneira de respirar e assumir o controle. Ela agradeceu e durante o voo me perguntou o que eu fazia e eu contei que era Hipnoterapeuta e ela sem nenhum filtro disse: “E não funciona com você, pois está gordo!” (10 segundos de silêncio) e eu ri e ri alto.
Agora a questão aqui é: Porque iria eu me ofender e ficar nervoso com aquela senhora se ela disse a verdade! Estou mesmo acima do meu peso e apesar de estar trabalhando nisso há algum tempo, realmente antes não cuidava da minha alimentação como devia e não usava em mim o que ensinava sobre auto-hipnose e ela estava corretíssima.
Às vezes ficamos chateados e magodos com situações que são verdadeiras e não queremos é aceitar! Isso é um facto e se não quer que as pessoas digam que você está acima do seu peso, a solução é eliminar peso! E se não quer que as pessoas digam que você é um vagabundo, precisa urgentemente parar de acordar às 12h e arrumar um emprego. Há coisas que são mesmo factos e simples de serem solucionadas.
Agora existem muitas coisas que são mesmo “veneno” e fazem tão mal que podem nos destruir emocionalmente. Agora ele só faz mal quando o bebemos e isso é a mais pura de todas as realidades.
Às vezes um “não-amigo” fala algo sobre mim, alguém que não me conhece bem e deseja me (atacar) de alguma maneira e outro dia num grupo de hipnoterapia, uma destas pessoas disse: “O tal do Eric Pereira, cobra 150€ à hora a sessão dele!” E algumas pessoas ali criticaram os meus valores e outros me defenderam e eu? Eu nada! Eu ri e nunca mais fui até aquela postagem ver nada! E sabe porquê? Porque apenas eu e os meus clientes sabemos o que representa a transformação que eu faço na vida de uma pessoa! Só eu sei o tamanho do meu investimento em formações, cursos, livros, viagens, pesquisas, materiais e não posso aceitar este copo de veneno, ainda mais de alguém que ainda usa fraldas (na hipnose) e não percorreu nem sequer algumas poucas quadras da estrada que eu já percorri mais de uma vez.
O (não) aceitar o veneno muda tudo e por este motivo eu afirmo, sem medo de errar, que o copo de veneno é completamente inofensivo, se não for ingerido! Isso é como todas as situações da vida! Eu saio com um grupo de amigos para beber uns copos! Uma coisa é eu beber uma taça de vinho e outra é eu beber 3 garrafas! Está chegando aí o verão e neste calor uma cervejinha às vezes cai super bem, mas uma coisa é eu tomar 2 copos e outra eu tomar 8 garrafas! Entende o que estou dizendo?
Quando estamos conscientes percebemos o que realmente está acontecendo ao nosso redor e muitas destas coisas podem até parecer um copo de veneno. Pode ser que algumas sejam um copo grande e cheio e outras sejam uma pequena dose e não preciso me preocupar nem com um e nem com o outro (desde) que eu não beba.
E se você acha que é realmente difícil não resistir a este veneno, direi aqui 5 situações que podem ajudá-lo a mudar de ideia.
1. Curiosidade
Antes eu tinha imensa curiosidade para saber o que estavam falando sobre mim e depois me tornei consciente de uma coisa muito poderosa e quando alguém diz assim: “Eric, sabe o que estão falando de ti?” Eu respondo que não sei e não quero saber e educadamente peço para ela não falar, pois eu sei tudo sobre mim. Olha que brutal isso! Eu sei tudo sobre mim. Se o que a pessoa estiverem a falar for verdade, eu não posso impedi-las de falar e é verdade, então está tudo certo. Se o que elas estiverem a falar for mentira, não preciso me preocupar, pois é mentira! “Ahhh, mas ela vai me prejudicar!” Como? Palavras são apenas palavras… Minhas ações “É” que falam por mim e ponto final. Contra factos não há argumentos.
2. Preocupação
Como a própria palavra diz (pre) ocupação é se preocupar com algo que nem aconteceu e isso me esforço muito para não fazer! Porque estaria eu preocupado com algo que nem sei, pois se não vou experimentar o copo de veneno, não vou me contaminar e sem me contaminar, não posso apresentar os sintomas de um “envenenado” e sinceramente porquê dramatizar algo que não aceitei na minha vida?
3. Tempo
Não sei você, mas eu acredito que a minha maior moeda é o “tempo”, então desperdiçá-lo é algo que me faz muito mal e como não gosto de me sentir mal, me esforço para não desperdiçar o meu tempo. Então estes copos de veneno que de vez em quando surgem do nada, são 100% ignorados por mim e aprendi que da mesma maneira que eles surgiram, do nada eles desaparecem. É mesmo incrível, pois quando damos importância a uma situação ela simplesmente se fortalece, ela ganha uma importância fora do comum, porém quando a ignoramos, elas enfraquecem. Simples assim.
4. Escolhas
Como já perdi muito tempo e fiz escolhas muito más, hoje estou muito atento às escolhas que faço e uma das minhas regras é escolher caminhos que me fazem feliz, caminhos que me trazem conforto, pois detesto viver a vida desconfortável, então a maioria das minhas escolhas são em situações onde me sinta bem e copos de veneno não combinam muito com sentir-se bem, não acha? Então cada vez mais eu vivo em paz e cada vez menos copos de veneno surgem na minha vida. Já vivi rodeado deles e creio que a maioria destes copos foram aos poucos enchidos por mim mesmo, na tentativa de me (envenenar), mas hoje as minhas escolhas me levam a caminhos opostos a estes copos.
5. Julgamento
E o 5º e tão importante como os demais, é o “julgamento”. Sempre digo que estou me esforçando para não julgar as pessoas e se nos oferecem um copo de veneno, com absoluta certeza é oferecido por alguém que possuí filtros distorcidos sobre você, porque se fosse uma pessoa que o visse com bons olhos, não seria oferecia um copo destes, não? Agora, julgar esta pessoa ou a situação ou o porquê deste copo de veneno estar sendo oferecido a mim, não é a minha prioridade, pois posso entrar no papel de julgador e alterar a minha voz, apontar o dedo, virar vítima, acusar, mas não sei quais os reais motivos, o que passa da cabeça dela, não faço ideia dos reais motivos e sentimentos, então o meu julgamento será sempre imparcial.
Teve uma época que um português da hipnose vivia falando mal de mim e aquilo me incomodava, depois ganhei tanta consciência que nunca mais me importei. Um dia nos encontramos no Porto e não perdi a oportunidade – Apresentado por um amigo, perguntei olhando em seus olhos o que eu tinha feito para ele, para falar de mim, sem me conhecer e a sua resposta me deixou impressionado.
Ele disse que não achava justo eu vir do Brasil para roubar clientes em Portugal e ganhar dinheiro e que ele estava há 10 anos trabalhando fortemente e eu em 3 anos ganhei mais visibilidades que ele. E ainda com um tom de voz um pouquinho alterado, me perguntou: “Você se acha melhor que eu?”
Resumo: Não viramos amigos! Mas consegui mostrar para ele, que a questão de um profissional se destacar está diretamente ligado ao seu empenho, à sua entrega, à sua proposta de trabalho e PRINCIPALMENTE aos resultados que você tem.
Esta semana eu estava no Porto com o meu amigo Alberto Lopes e falamos justamente sobre clínica lotada, agenda cheia é uma consequência de um bom trabalho, simples assim!
Sei que foi uma longa dica terapêutica, mas precisava ser, afinal estamos falando sobre a sua vida, sobre os copos de veneno que chegam até você e pode ser que como eu, você já tenha tomado alguns, mas acredite que sempre podemos fazer uma desintoxicação deste veneno. Amanhã dedicarei a dica terapêutica justamente para quem deseja se desintoxicar dos copos que já foram tomados.
O meu pedido hoje é:. Compartilhe! Me ajude fazer esta dica chegar ao maior número de pessoas possíveis! Peça para seus amigos mais íntimos lerem e compartilharem também.