Dica Terapêutica
Ontem pouco antes da minha live terapêutica, respondia uma mensagem de um cliente que me fazia a seguinte pergunta: “Eric, sem comer carne durante a semana santa, acredita que isso me ajudará no meu processo de evolução?” NÃO! Com letras MESMO maiúsculas foi a minha resposta e continuei: “NÃO! Passa o ano todo “comendo” a alma das pessoas e uma semana sem comer carne vai purificar a sua vida?!”
Cada vez mais acredito que as pessoas vivem no automático da vida e nem percebem! Observo, ouço e quando me distraio só um pouquinho, tudo começa a se tornar automático na (minha) vida também, é claro!
A pessoa passa o ano todo falando mal de seus pais, culpando-os por tudo e por mais um pouco, trai a esposa com uma colega de trabalho e me pergunta “se” vai se tornar melhor porque deixou de comer carne por apenas uma semana? Claro que isso só pode ser uma pergunta de uma pessoa que não é consciente!
Falamos muito hoje pela manhã e pedi-lhe para fazer esta dica e da importância de alertar outras pessoas sobre as suas atitudes “quase” robotizadas e por ter compreendido a minha resposta à sua pergunta, achou válido!
Acredito muito que enquanto não tomarmos consciência de uma série de coisas, jamais vamos conseguir avançar para o próximo nível e isso (SÓ) significa viver em constante conflito, sem respostas para as inúmeras perguntas que temos. Vamos fazendo porque a maioria das pessoas fazem, vamos dizendo simsim, porque nunca aprendemos que pode se quer dizer não! Rs!
Outro dia, eu ensinava para uma cliente um método rápido para eliminar uma fobia e depois de 7 minutos estava ela tão bem que não acreditava que era possível eliminar algo num tempo tão curto, pois estava formatada como a maioria que acha que deveria carregar o problema e alimentá-lo para que ele fique cada vez maior (ou) fazer 2, 3 anos de terapia para resolver.
Agora vou dizer o que vai acontecer! Ela vai perceber que também é possível resolver outras coisas na vida usando palavras mágicas como (SIM) e (NÃO) e vai perceber que existe luz no começo do túnel e não é preciso andar meses e anos para iluminar! Compreende?
Quando não temos atitudes conscientes uma parte da nossa mente continua a usar todas as referencias (anteriores) para validar tudo o que nos acontece e está tudo certo ser assim, né? Mas porque está tudo certo ser assim? Porque aprendemos que assim funciona (ou) aprendemos que é a única opção e se é a única opção que temos, como vamos olhar para o lado se nem sabemos que existe (um lado)?
Teve uma época da minha vida que comia feito um doido, sem respirar direito, com pressa, colocando coisas no prato que nem sabia se eram boas, mas os meus olhos diziam que sim e eu comia até me sentir mal. E a pergunta que comecei a me fazer foi: “Eu preciso disso? O que estou alimentando? A minha fome física ou a emocional? É saudável para o meu corpo ou estou comendo porque todos comem? Porque vi pessoas comendo naquele filme e minha mente achou que se eu fosse lá me sentiria também como aquele personagem?”
Andamos rápido, trabalhamos muito, fazemos 4 coisas ao mesmo tempo e temos orgulho em dizer ao mundo que somos trabalhadores! Peraí, mas ser assim acelerado e fazer 4 coisas ao mesmo tempo me transforma em uma pessoa especial? Claro que não! Me transforma apenas em uma pessoa que amanhã se sentirá cansado, sem energia e provavelmente doente.
Quando tomo consciência da minha vida, percebo que tudo tem um processo e querer “ultrapassar” este processo é mesmo coisa de loucos e quanto mais eu tentar ser sobre-humano, mais me tornarei tudo, menos sobre humano!
A pergunta aqui nesta dica terapêutica de 1 milhão de euros é: COMO QUER CHEGAR ONDE DESEJA CHEGAR?! Porque posso chegar no destino final super acelerado, com algum dinheiro, experiências e doenças e posso chegar onde desejo chegar me lembrando do caminho, consciente dos meus movimentos, “sentindo” cada pedacinho meu vibrando na mesma frequência e não sentindo que fui ao longo do caminho perdendo um pedacinho aqui e outro ali.
Chegar (lá) sem lembrar como cheguei não tem nenhuma graça! Pois posso ir fazendo coisas (pelo caminho) que não me orgulharei de contar aos meus filhos e netos ou posso estar consciente e contar a eles detalhes de como ultrapassei aquele obstáculo ou como quase fui devorado pela tempestade, mas aprendi a voar de olhos fechados e não sei se o final da história será o que mais vai importar, já que estamos falando do (FIM) da história, compreende? Penso que interessante será a história em si, o caminho, o momento o subtil momento que conscientemente eu descobri que era mais, muito mais que o que todos pensaram que eu era.
Complexo? Simples de mais? Impossível? Completamente possível? Isso é uma questão de perceber, sentir, acreditar, vivenciar…. E isso deixo contigo! Conscientemente contigo!