Nº03 |Para Refletir | Eric Pereira
Páginas em branco foram nos dadas no dia em que saímos do ventre e mesmo sem que soubéssemos, naquele instante ganhamos a oportunidade de escrever a nossa história. Recebemos alguma orientação (a maioria de nós) e aos poucos fomos ganhando consciência e compreendendo que tínhamos uma caneta (invisível), para escrevermos esta “tal” história.
Eu até aos meus 16/17 anos acho que nem tinha esta “consciência” toda e se eu pensar bemmmmmm talvez até demorei muito tempo para ter, porém o fato é que neste momento e acreditando que a maior parte dos meus leitores já são adultos, a maioria de nós já somos e a pergunta que se segue aqui é: O que tem escrito nesta infinitas páginas? Qual o roteiro do seu filme? Um dramalhão mexicano? Um romance? Um filme de suspense? Um terror? Uma comédia? “ou” não é você que tem escrito o seu roteiro?
Este é aquele momento que gostaria de colocar aqui um relógio enquanto pensa, apenas para ficar por alguns segundos – Tic Tac – Tic Tac – Tic Tac – Tic Tac – Tic Tac – Tic Tac.
Interessante quando estou em um atendimento online e faço esta pergunta e vejo ali na câmera o meu cliente a levantar as sobrancelhas (risos) ou quando levantam apenas uma e na sequência soltam algo do tipo: “Que caneta? Como assim? Escrevendo pra mim?”
Ok! Vamos devagar aqui – Muitas pessoas escrevem o seu roteiro de vida diariamente e vamos ajustando, apagando, escrevendo de novo, colocando cor, vida, tirando personagens do seu filme, acrescentando, colocam pausas, vírgulas e até ponto final. Enquanto outras pessoas sentem-se completamente perdidas e não sabendo o que fazer, entregam a sua caneta “invisível” e “mágica” na mão de outra pessoa e permitem que estas pessoas escrevam os seus roteiros. Estou cansado de saber de roteiros escritos por maridos, esposas, mães, pais e até melhores amigos. Compreendeu? Sim ou não?
Existe uma frase que utilizo há muitos anos e que adoro: “Ou você possui uma estratégia ou está inserido na de alguém” e na maioria das vezes quando digo esta frase eu continuo dizendo: “Está tudo bem estar inserido na estratégia de outras pessoas, desde que esteja consciente disso”, pois eu posso muito bem (por exemplo) entregar a minha preciosa caneta na mão da minha esposa e esta minha atitude pode estar certa, ok! O que eu não posso fazer depois é reclamar da maneira como ela conduziu o roteiro do meu filme, não é verdade?
A minha caneta já esteve nas mãos de tantas pessoas que hoje euzinho prefiro tê-la nas minhas mãos e isso não significa que não ouço sugestões e opiniões (Ouço e muitas me ajudam imenso), porém, eu decido (SOZINHO) o que incluirei no meu roteiro ou não!!! Afinal eu sou o ator principal do meu filme.
Pense um pouco sobre isso! Faça uma preciosa reflexão sobre o que estou falando e depois decida se deve ser você a escrever o seu roteiro e viver o seu filme ou se está tudo certo ser o coadjuvante e viver dentro de um filme que leva o seu nome, mas é dirigido por outra pessoa.
Espero que alguma maneira ter somado no seu processo de evolução! Agora é consigo….