Hoje na minha quarta sessão online, ouvi uma cliente que, logo depois de entrar e me cumprimentar, disse: “Acho que eu entendo a cabeça dos suicidas” e com um tom de voz sereno e olhos tristes, ela me dizia sobre a sua vontade de desistir. Falou do fracasso do seu casamento, reclamou dos filhos que brigavam entre si diariamente, da sua mãe tóxica e da lembrança de um tipo abusando dela quando tinha 11 anos de idade, lembrança esta que insistia em estar presente.
Ela falou sobre algumas coisas com ar muito triste, outras com um leve sorriso no rosto, mas não um sorriso que expressava alegria e sim, dúvida, quem sabe até desprezo, falta de esperança é a palavra que eu aqui estava buscando.
Eu mal interrompi. Me coloquei em uma posição de ouvido e mergulhei por alguns minutos em tamanho “sofrimento” e imensa vontade de desistir e em alguns momentos me vieram rostos de pessoas que atendi ao longo destes 21 anos, pessoas que também pensaram em desistir, pessoas que até tentaram tirar a vida uma, duas e até três vezes e não conseguiram, talvez porque faltou um pouco mais de coragem ou quem sabe porque não estava mesmo nos planos do cara lá de cima!
Ouvindo ela contar sobre os seus “fardos” como ela dizia, ouvindo ela explicar os motivos que sente que são os que estão roubando a sua energia, a sua vontade de continuar aqui entre nós, lembrei também de momentos meus em que também me senti cansado, exausto e sem energia nem para pensar em como mudar tudo aquilo.
Eu sei bem o que é ter vontade de desistir, de abandonar o barco de virar as costas e caminhar contrário a tudo o que fazemos dia a pós dia e quando ouço pessoas que estão em “sofrimento”, fico mais atento, mais alerta e a minha mente busca informações para ajudar, para que aquela pessoa saia o mais rápido possível daquele estado alterado de dor profunda e volte para o mundo das possibilidades e enxergue que a vida realmente vale a pena.
A sessão foi longa, foi dura, porém foi importante – Desde o momento em que ela iniciou com sua história triste e fortes motivos para desistir, até a minha intervenção e transe hipnótico…. Ainda temos muito que fazer pela frente e ambos sabemos disso e sabe de tudo isso o que mais me deixa feliz? É ter ajudado ela a compreender que também existem dias assim “tristes”, que existem fases sombrias… Porém quando nos comprometemos a sair desta fase, é neste micro segundo de decisão que toda a magia começa a acontecer…
Ganhei o meu dia!
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