Esta semana estava fazendo a minha caminhada de manhã, dando o meu máximo ali para diminuir 3 minutos do meu tempo, enquanto pensava em uma série de coisas que contribuíam (negativamente) para não conseguir atingir algumas metas. A minha mente viajou ali, uma lembrança me levou a outra e quando percebi identifiquei só ali, uma série de coisas que estava fazendo que estavam me levando ao “fracasso” em um determinado tema. Isso me encorajou a sentar e fazer uma lista, perceber algumas atitudes e perceber outras.
Depois de ter feito isso comigo, também consegui enxergar estes mesmos padrões em alguns clientes, claro que fui logo tomando nota e até propus um exercício para que eles fizessem durante 15 dias, um pequeno desafio. Então hoje decidi sentar aqui e falar um pouco sobre algumas destas coisas que às vezes nos levam a fracassar em um determinado tema da nossa vida. Apenas peço que tenha atenção ao texto pois não estou dizendo fracassar em tudo, ok? Sou muito, híper bem sucedido em alguns temas e fracassado em outros e atualmente a estratégia que mais uso é alimentar o que está dando certo, estar atento para não sair dos trilhos e entender e trabalhar “com força” aquilo que não está dando certo. Então vamos lá às 10 coisas que nos levam ao fracasso e provavelmente você nem percebe.
Baixa “autoestima”
Vamos começar pelo óbvio e penso sinceramente que isso serve para todos os setores da nossa vida – Se você não acredita em si, quem vai acreditar? Já passei por momentos muito ruins nesta minha vida, alguns “inclusive” em que achei que não conseguiria nunca mais sair, mas acredite, sempre tive um forte gatilho para manter a minha autoestima em alta e muitas vezes bemmmm altaaaa! Acreditar, sentir na pele, melhorar a nossa postura é o que nos torna grandes internamente e tenho a certeza de que aqueles que transmitem a mensagem errada para a mente inconsciente não conseguem avançar em nenhum setor, pois estar de bem consigo mesmo é um princípio, entende?
Já conheceu alguém que transmite uma mensagem boa, positiva com os ombros caídos para frente, que anda com a cabeça pra baixo e suspira a cada 30 segundos se lamentando da vida? Normalmente estas pessoas se condicionam o tempo todo, se acham feias, estranhas, com falta de inteligência e passam a mensagem errada para as pessoas, mas principalmente para elas mesmas, então cuide da sua autoestima, se olhe no espelho sorria, sinta, seja a sua melhor versão!
Falta de Foco
O fundador da Apple, Steve Jobs dizia: “Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente”.
É interessante isso, pois como Coach desenvolvo muitos processos para os meus clientes e na construção das estratégias falo muito sobre esta habilidade que deve obrigatoriamente ser construída durante o processo “a arte de saber dizer não”, pois quando decidimos por um projeto, seja pessoal ou profissional, várias coisas surgem, como se estivéssemos sendo testados e quem sabe estamos mesmo, né?
Eu sempre recebo propostas que fogem de tudo aquilo em que estou focado e algumas delas até financeiramente parecem tentadoras, porém é claro que vão me distrair, me levar para um caminho oposto do que estou seguindo e por isso sempre digo que num planeamento iniciamos por identificar e construir o nosso propósito de vida, pois ter um muda completamente tudo. Não é obrigado a ter um, atenção que pode viver aqui e ali, fazendo o que te agrada naquele dia, mas quando fazemos algo “de propósito”, ahhhh, que sensacional….! A vida ganha motivos, foco e conseguimos enxergar tudo com mais clareza.
Não ser merecedor.
Em 1985 a Dra. Pauline Clance trouxe a ideia da “síndrome do impostor”, afirmando que era algo ativo em pessoas que possuíam o “sentimento” intenso de que as conquistas delas eram indevidas e que a qualquer momento elas iriam ser expostas como uma fraude. Tal sensação pode ser adquirida por qualquer pessoa, aconteceu com Mike Cannon-Brookes, Co-CEO da gigante empresa de software, a Atlassian, que emprega milhões de funcionários. Ele em uma postagem disse: “na maioria das vezes não sei exatamente o que eu estou fazendo”.
Nestes 21 anos já tratei inúmeras pessoas que não se sentiam “merecedoras” e que possuíam fortes programações (a maioria da infância) e que à medida que iam avançando na vida, elas se perdiam, se sabotavam, construíam verdadeiros muros entre elas e o seu objetivo final, pois algo (interno) alertava que elas não mereciam e em alguns casos tive clientes que quando sentiam que não eram merecedoras, ainda se puniam, sentindo dor, causando “a dor” ou fazendo algo para se sentirem menos bem, talvez até para justificar o que estavam fazendo.
Na minha opinião, o não merecimento é algo que precisa urgentemente de tratamento “ou” como gosto de falar para meus clientes, precisam de treinamento! Sim! Pois podemos treinar a nossa mente sábia para que ela mude tais comportamentos.
Ser arrogante
Não me orgulho do que irei contar aqui, ok? Mas houve um tempo, há muitos anos atrás em que eu era um “arrogante de merda”, uma pessoa sem muita sensibilidade que acreditava que podia gritar com as pessoas, mandar embora e humilhá-las. Isso foi antes de ser terapeuta e continuou até aos primeiros anos e é claro que o Universo puxou o meu tapete, me deu uns fortes abanões e me colocou de castigo no fundo do poço “e” sozinho. Quando sai dali, percebi que era uma pessoa melhor, 100 x melhor!
A arrogância destrói muitas pessoas e infelizmente algumas não percebem que o são, elas dizem que são assim porque são, se dizem sinceras, frontais e eu sou sincero e frontal (bastante até), mas aprendi que o problema NUNCA era o que eu falava, mas sim, (como) eu falava! Isso é que estragava com tudo! Quando eu estava mesmo no fundo do poço e não tinha dinheiro nem para comprar um simples almoço num restaurante barato e fui a casa de um “amigo” pedir dinheiro emprestado, amigo este que vivia na minha casa com piscina nos finais de semana, e ele me disse não, pois eu não teria como pagar e disse que tinha mais o que fazer para eu me retirar. Naquele exato momento entendi o que era arrogância e não virei as costas triste, comecei a rir e ri muito, acho que por um bom tempo eu ri.
Observe como age com as pessoas, pense como as pessoas vêem você, como elas acreditam que você realmente é, pergunte se for necessário e não estou falando para você mudar a sua “maneira de ser”, ok? Apenas para transformar a sua maneira de ser, que é bem diferente! Arrogância não leva ninguém a lugar nenhum.
Desperdiçar tempo
Sempre digo que “tempo” é uma moeda rara e cara, provavelmente uma das mais importantes que eu conheço e claro que já a desperdicei imenso, mas hoje aproveito como nunca e vou recomendar aqui um dos meus podcasts para ouvir e compreender melhor sobre “aproveitar o tempo” – Talvez você saiba, mas diariamente eu gravo um podcast com algum tema, todo os dias do ano – Ouça este aqui
Acredito que quando damos atenção ao nosso tempo…peraí…Acho que posso fazer melhor que isto…quando valorizamos o nosso tempo (agora sim), nós nos preocupamos em ter uma agenda, em fazer um check-list, em aumentarmos a nossa atenção “inclusive” para tudo o que pode roubar o nosso precioso tempo. Para isso precisará aprender a tomar nota, a escrever e a ter o hábito de analisar o que escreve semanalmente, pois se apenas escrever sem ler, isso se tornará num “desabafo” e de nada servirá… “ou” servirá de muito pouco! Precisa escrever e ler.
Observe o tempo que tem e faça uma pergunta valiosíssima a si mesmo, uma pergunta de 1 milhão de euros – Estou utilizando bem o meu tempo? – faça esta pergunta 2, 3, 100 vezes se for necessário até que consiga extrair de si a melhor resposta e que esta resposta o leve a tomar as melhores decisões e que em todas elas a “gestão do tempo seja prioridade, combinado?
Começar, parar, (re)começar, desistir….
E para fechar esta sequência de seis coisas que nos levam ao fracasso, a campeã de todas! (Pra mim) é começar algo e desistir e depois fazer de novo e (re)começar e desistir! Eu confesso que já vivi isso na pele e um dia estava tãoooo cansado de recomeçar que parei de desistir!
Sei que isso pode até parecer um pouco complicado, mas o “desistir”, o começar e não ir até o final, muitas vezes cria em nós situações (menos boas), como se fosse abrindo pequenas brechas para este mau comportamento, compreende? Um dia abandonamos, outro também e quando nos damos conta, isso se tornou um hábito. Uma coisa que aprendi com alguns dos meus clientes é que é viciante o desistir e recomeçar, inclusive porque “TODO” o início é desafiante, delicioso, exige planos, ideias, criar, acreditar e isso é muito sedutor…
Avalie por exemplo os seus namoros! Como é a fase da conquista? O primeiro beijo, primeira noite de amor, conhecer os pais, os amigos, fazer de tudo para ter “a aprovação”, a sensação, a saudade, o amor, diria até mais… A chama que está super híper acessa….Entende?
E o que podemos fazer? Podemos e, na minha opinião devemos, ter melhorias continuas e por isso vou recomendar um pequeno vídeo meu no YouTube no qual falo exatamente sobre isso. Se puder veja e para saber que você assistiu, deixe um comentário lá, por favor. Se não me segue ainda, siga para receber conteúdos meus em primeira mão.
Melhoria Contínua
Artigo longo? Simmmm! Como (euzinho) adoro escrever….
Sei que algumas pessoas não curtem muito, porém desta forma a informação chega até você de uma maneira melhor. E para conhecê-lo melhor, vou pedir para escrever aí em baixo qual destes 6 pontos sente que é o mais difícil para si? Pode marcar mais de um, é claro.
Abraços e até à próxima,