Sempre que fiz uma análise mais minuciosa dos erros que cometi durante a minha vida, percebi que a maioria deles vieram de atos em que “agi” por impulso ou por ansiedade. Fui lá, fiz e depois quando tudo se acalmou me arrependi ou fiquei confuso tentando resolver aquele “ato” e acabei desencadeando outros. Quando me dei conta estava já mergulhado numa sequência de outras situações (menos boas).
Arriscarei a dizer que todos nós temos dúvidas na vida e penso que sim! Porém um grande aprendizado que tive foi exatamente não fazer nada (durante) a dúvida, pois naquele período onde não sabemos bem se sim ou se não, podemos deixar que emoções menos boas tomem contam e depois podemos nos arrepender ou pior, depois podemos ter que passar imenso tempo “limpando” a bagunça que fizemos simplesmente porque permitimos que um impulso tomasse conta de tudo!
Às vezes estou ouvindo um cliente dizer que não pode esperar e que aquela decisão deve ser tomada naquele mesmo dia e durante a nossa sessão vou mostrando-lhe os vários ângulos “daquela” decisão e juntos vamos percebendo que não se trata de uma decisão de vida ou morte e que a “urgência” encontra-se apenas na cabeça dele e em mais nenhum lugar. Durante esta reflexão muitas vezes ele percebe outras facetas daquela decisão “ou” até mesmo daquela pressão imaginária que está sendo feita em torno do assunto em questão.
Durante muitos anos vivi me precipitando, pois acreditava que o tempo estava passando e precisava ser bem sucedido e queria ser (alguém), precisava ganhar dinheiro e a maioria das minhas decisões foram tomadas no calor do impulso. Como toda decisão urgente, as consequências também vieram muito rápido e isso me levou a situações constrangedoras, a discussões e até a momentos fortes de stress.
Amadurecemos, aprendemos, compreendemos e o melhor de ganharmos experiência é que às nossas escolhas mudam e as minhas começaram a ganhar regras. Uma das minhas regras é que antes de tomar alguma decisão tenho de fazer as seguintes perguntas: 1. Preciso MESMO decidir isso hoje? 2. Quais as consequências que esta decisão terá sobre a minha vida agora e no futuro? 3. Eu preciso do resultado desta decisão? E respondendo estas perguntas eu começo com calma e tranquilidade a decidir.
Aprendi que tudo o que é urgente e precisa ser resolvido imediatamente pode me trazer consequências graves. Como escolhi viver uma vida simples, dentro desta simplicidade não tem MESMO espaço para stress, muito menos para agitações, discussões, brigas e nada, eu disse (NADA) que vai roubar a minha paz.
Então, a minha dica hoje é simples, objetiva e importante: Se tens dúvidas, mesmo que seja uma pequena dúvida… Não avances!!! Respira fundo, pensa antes, sê coerente e não faças aquilo que te vai dar prazer (hoje) e dor de cabeça para toda uma vida…..