Na semana passada estava em casa estudando um caso terapêutico que estou atendendo e lendo as minhas anotações, comecei a me perguntar o que aquele cliente quer realmente “provar” em sua casa e a sensação que fiquei é que ele quer provar que ele manda, que a última palavra é a dele, que ele é a autoridade maior ali e isso se confirmou depois pessoalmente na nossa sessão de hipnoterapia.
Meu cliente me procurou pois anda muito stressado, irritado e diz que tem tido problemas familiares. A maneira como ele age em casa mostra que ele quer provar à sua família que ele é o líder, porém existe uma grande diferença em ser líder e ser (mandão), em as pessoas lhe respeitarem ou lhe temerem e tudo o que ele estava ganhando era o medo dos seus familiares.
Gritava com os filhos, colocava regras para a sua esposa, exigia horários do jantar na mesa e se sentia um verdadeiro HOMEM, porém junto com tanta “autoridade” e falsa liderança vieram as consequências e já sentia o medo que a sua família sentia e a maneira como estava sendo tratado por todos.
Interessante é que às vezes temos algumas atitudes que merecem receber a pergunta: “O que você quer provar com isso?” Pois se perceber queremos às vezes provar que somos bons, que somos melhores, que somos e que somos! Quando me pergunto com muita calma o porquê de tentar provar algo, logo a minha resposta é “não sei!” Alimentar o meu Ego? Aumentar a minha certeza? Tratar os meus pontos fracos? Não sei bem….
Porém o que sei é que quando estamos no jogo do (PROVAR) que somos, já começamos deixando de ser, pois o desgaste de provar é sempre imensamente grande e podemos simplesmente ir fazendo a (nossa) parte pelo caminho e mais nada. Quem quiser bater palmas, que bata e quem quiser ignorar que ignore e que a vida aconteça naturalmente sem mais ou menos.
Reveja as suas atitudes, reveja as suas intenções, as suas ações e se precisar muito, mais muito provar algo, prove para (você mesmo) que não precisa jogar este jogo e seja simplesmente feliz.