Depois de “discutir” com um amigo que pensa o contrário sobre este título, fiquei tentado a escrever sobre. Não resisti e, mesmo correndo o risco de iniciar outra “discussão”, aqui estou eu para falar sobre podermos ajudar pessoas MESMO que não sejamos milionários e inicio este dizendo que eu admiro aqueles que estão em altas posições e abrem fundações, defendem causam e lutam com unhas e dentes para defender a ideia de, cada vez mais, fazer por quem não pode.
Preciso dizer aqui (é importante) que, por anos fui um grande egoísta, só pensei em dinheiro e não fazia absolutamente nada por ninguém, apenas quando eu era o maior favorecido e, sim, é mesmo verdade isso. Por inúmeros motivos a vida me ensinou a ser diferente e, há anos, venho fazendo cada vez mais por pessoas “que” eu nem conheço. Mesmo dentro das “minhas limitações” de tempo ou finanças, faço sempre que posso!
As vezes é com dinheiro, outras vezes com alimento e, na maioria das vezes é devolvendo a dignidade, ajudando as pessoas a se reerguerem, a encontrarem seu papel no mundo.
Eu defendo com “unhas” e “dentes” a ideia de que todos nós podemos fazer algo por alguém e fico triste, muito triste, quando alguém diz que não ajuda porque não é milionário. Talvez seja o seu caso e quem sabe nem faz por mal, mas espero que esta leitura mude a sua maneira de pensar “e” agir, pois o mundo já tem filhos das putas demais! Precisamos é de bons e velhos “seres humanos”, simples, humildes e dedicados em ajudar o planeta a crescer “SEM” terem que mostrar nas redes sociais quem são. (Pronto, falei).
Lembro de todos os dias sair do meu Instituto no Saldanha, ir para o meu apartamento em Sete Rios, passando por dois ou três moradores de rua e nada fazer por eles, até um dia que fiquei ali perto, ao telefone, resolvendo uma questão e vi todo um movimento de um morador de rua limpando uma lata de atum para comer! Limpando, comendo o que nem tinha mais lá dentro. Faltou, apenas passar a língua e correr o risco de se cortar.
Antes da pandemia, o Instituto Ponto de Equilíbrio organizou uma palestra para arrecadar roupas de frio, cobertores para o inverno e foi bacana. Arrecadamos bastante e, no final da palestra, saímos do Ibis Hotel em direção ao Instituto para guardar os itens arrecadados e doar no dia seguinte. Encontramos, na porta do prédio, um morador de rua, deitado, dormindo e, sim, ajudamos em ambos os casos!
Outro dia fui convidado para palestrar em Cascais num grande evento, com intuito de angariar dinheiro para construir uma escola na Africa. Acho muitooooo válido, fui “e” iria de novo!!!
A questão é que as vezes idealizamos cenas como estas! Cenas maiores, cenas para ajudar causas lá onde nunca fomos e talvez nem iremos, e deixamos pessoas passarem frio ou quem sabe fome aqui do lado de casa! E será MESMO que precisamos ser milionários para isso?
Uma vez, no final de uma palestra na Câmara de Lobos, Ilha da Madeira, uma senhora veio agradecer e disse que, se pudesse, iria ao meu consultório, mas mal conseguia pagar a comida. Naquela noite eu sentei no palco, a ouvi e a convidei para ir fazer um tratamento comigo de graça. Ela agradeceu, mas não tinha como pagar a passagem de ônibus! Lembro de lhe dar 10€ e lá foi ela. Durante todo o tratamento, pagamos as suas passagens e, algumas vezes, demos um lanche para ela.
Não estou aqui para dizer que sou melhor que você! Por favorrrrrr, NÃOOOOO! Estou aqui para dizer que podemos fazer mais! Ela precisava de alguém que a ajudasse a reformar a minúscula casa que ela morava e eu não pude ajudar na reforma! Mas pude ouvir, pude orientar terapeuticamente. Entende onde quero chegar aqui?
Fazer por simplesmente fazer! Me acompanha aqui – se você pode fazer mais, muito mais, faça!!! Ajude! Se tem contatos importantes, contacte-os! Trabalhem juntos para somar na vida de muitas pessoas. Se tem pouco, faça pouco, faça o que pode fazer! Se não tem nada, quem sabe pode emprestar os “ouvidos” para alguém, quem sabe pode emprestar alguma de suas capacidades, habilidades! O importante, na minha opinião, é “o gesto”, o colocar ação!!! “O” somar no processo para realmente resolver.
Coloca a cabeça aí para pensar “ainda hoje” e veja como pode somar na vida das pessoas! Se eu aqui deste lado puder contribuir com algum tratamento, palestra beneficente (mesmo que seja online), super topo fazer e doar meu cachê “se” a causa for boa! Já fiz uma palestra pelo zoom (online) com 56 pessoas e a empresa doou 40 cestas básicas para uma instituição!
Eu desafio você a convencer a sua empresa a fazer o mesmo! Bora lá levar informação e ainda ajudar, de alguma forma, outras pessoas que precisam.
Não sou milionário! Minha riqueza não é “o dinheiro”, mas pode apostar que sou cheio de energia para ajudar!
Qualquer coisa, me chama no meu WhatsApp +351 912607888.
Até o próximo,