Que titulo mauzinho, né?Hum…. Talvez sim e acredite que não tenho nenhuma intenção em colocá-lo numa situação “embaraçosa”, muito pelo contrário, quero levá-lo a fazer uma reflexão mais do que profunda para desatar os “nós” que lhe mantêm refém de algumas situações e espero conseguir com este texto que, já aviso que pode ser um pouco longo….
E digo isso, pois “às vezes” recebo mensagens de pessoas reclamando dos meus longos textos e peço desculpas, porém a tendência é ficarem sempre maiores e nunca menores, pois não quero trazer “recadinhos”, quero apresentar ideias mais concretas e acredito que desta forma o aprendizado é melhor, então peço desculpas aos amantes de pequenos textos e convido todos os demais a mergulharem comigo agora!
Antigamente eu dizia “às vezes” podemos nos sentir dentro de uma situação sem saída, quem sabe até presos a uma espécie de padrão que nos impede de avançar. Neste momento, nesta fase de isolamento, acredito que grande parte das pessoas se sente de mãos atadas, afinal todos nós queremos que isso mude e tudo volte ao “normal” seja lá o que isso significa, não é mesmo? Então quase que diariamente estou com pessoas que se sentem enroladas em suas próprias vidas e isso me faz pensar algumas coisas.
A primeira que já identifiquei com muitos clientes é que eles sempre tiveram uma vida “enrolada”, os seus casamentos nunca foram tão bons, a relação com filhos nem sempre teve entendimento e tudo o que faziam era na maioria das vezes olhar para o lado, se distraírem e permitiam que cada um vivessem as suas vidas e de vez em quando se encontravam, se esbarravam pelos corredores da mesma casa. Sério! Não estou brincando.
Outra são as pessoas que sempre tiverem ligadas no automático da vida e nunca se ligaram que estavam e diariamente iam vivendo a sua vida sem grandes espectativas e aceitando aquilo que lhes era oferecido, algumas deste grupo uma vez ou outra até agiam de forma diferente na tentativa de colorir um pouco mais o seu caminho e quando conseguiam, avançavam e se surpreendiam com um mundo que desconheciam e outras quando falhavam na primeira tentativa, se condicionavam que aquela vida (diferente) não era para elas e voltavam a se conectar com o automático.
Todos nós podemos entrar em situações onde nos sentimos presos, enrolados e sem saída, porém afirmo aqui com absoluta certeza que só não existe solução para a morte! Pelo menos neste momento eu desconheço, agora para todas as outras existe sim sim. Agora peço que redobre a sua atenção aqui “por favor” para que compreenda o que vou dizer! Muitas pessoas não conseguem (e direi assim), se desenrolar dos seus problemas, sair do que as aflige, se distanciar do que as está a impedir de ser mais feliz, porque deixam a sua “criança” na frente da situação e o que é que uma criança faz? Cria um mundo ilusório, foge da responsabilidade, sente-se insegura diante da “crise” em si, se esconde, nem quer falar sobre o assunto, compreende isso?
Já quando o adulto está na frente da situação, ele toma uma respiração mais profunda se for preciso e enfrenta, olha para a situação, toma postura, decide e mesmo em momentos que ele engole a seco e sente medo, ele está ali firme e forte tentando encontrar uma maneira de resolver a questão. Sem desculpas, sem fugas, sem distrações.
Eu (Eric Pereira), já deixei inúmeras vezes a minha criança interna no controlo, fugia dos problemas, como o diabo foge da cruz e algumas vezes queria que outras pessoas resolvessem por mim aquela situação, afinal como é que a criança faz? Entrega para a mãe, pede socorro ao pai, não é assim? Por falta de experiência, por não ter recursos internos suficientes despertos para resolver.
Com o passar do tempo, com os erros e acertos e claro algumas horas de terapia e auto-hipnose, aprendi que deveria ser eu a tomar a iniciativa e quanto mais rápido buscasse uma resposta, mais rápido encontraria uma solução e aos poucos fui deixando que o adulto estivesse na frente das minhas decisões e a criança continuou ali, porém não no controlo, entende? Ela continuou ali fazendo o seu papel, “de” criança e vou falar algo “baixinho”, sinceramente até acho que ela, no seu lugar de criança, também vai aprendendo um pouco com o adulto e gosto de pensar que vai aprender em algum momento.
Sabe outra coisa que aprendi e que pode ser uma importante “e” impactante informação? Não fazemos este processo apenas tomando consciência e estalando os dedos! Quando iniciamos, podemos às vezes ser adultos e resolvermos e às vezes sermos crianças e fugirmos de resolver e ainda podemos achar que estamos sendo adultos e contarmos uma história linda que camufle toda a postura da criança e achemos que é o adulto adiando com criativas justificativas, quando no fundo é a criança habilidosa no controlo! “Eric e como sabemos?” Olhamos com atenção, usamos o coração, não fugimos, enfrentamos e vamos compreendendo que estamos em fase de transformação, porém atentos para sermos luz, sermos solução.
Como pra você é viver “enrolado”, viver “sem saída” ou mesmo “preso” a situações mal resolvidas? Sinceramente e muito sinceramente só de ler e reler tais palavras já me falta o AR e quando lembro que na prática já passei por isso, vejo como era infantil (olha a criança aí), por não resolver e hoje seria até correto dizer que os percursos em que minha vida esteve em câmara lenta, com certeza fui eu o único responsável por isso…
Hoje olhar com mais atenção para tudo isso me faz tomar decisões melhores, todas certas? Nãooooo! Porém todas com muito aprendizado envolvido e conscientes.
Espero que tenha somado na sua vida, no seu estudo, no seu processo de evolução.
Criança…. Brinque, se divirta, aproveite “quando” for para aproveitar.
Adulto, Assuma o controlo, tenha uma postura diante da vida e permita aprender em todos os sentidos que em breve terá a sua recompensa.
Até breve,